Cada capítulo aqui apresentado representa uma reflexão profunda sobre as complexidades e desafios enfrentados pelas escolas do campo, no contexto da realidade do semiárido, em uma constante busca por um ensino e aprendizagem que não apenas respondam às demandas locais, mas, sobretudo, também se constituam como um campo de resistência e emancipação. Os autores e autoras deste livro têm, com maestria, discutido as potencialidades da pedagogia da alternância, os saberes locais, a formação continuada e permanente de educadores, e, principalmente, a urgência de uma educação antirracista e inclusiva.

A totalidade da obra revela, de forma singular, a interligação entre teoria e prática, a mística e o encantamento que permeiam as experiências educativas, e a necessidade de uma abordagem pedagógica que favoreça o protagonismo das comunidades do campo na construção de suas próprias trajetórias de saberes. O coletivo de autores evidencia a necessidade de que a educação campesina seja uma prática de classe, capaz de fomentar o protagonismo das comunidades, em um processo de conscientização e mobilização contra as forças que tentam manter o status quo.